quarta-feira, maio 19, 2010

Prevenir para combater



Fabrine Jeremias

Em Criciúma, existem poucos programas de prevenção às drogas. A Polícia Militar realiza um deles que faz um programa preventivo específico, o Proerd (Programa Educacional de Resistências às Drogas e a Violência), que tem como finalidade diminuir e erradicar o uso de drogas entre crianças e adolescentes.

No primeiro ano na cidade, foram formadas 4.400 crianças e, no ano de 2009, o Proerd completou 10 anos de aplicação. Desde a implantação no Estado, o Proerd formou mais de 800 mil crianças. Atestando assim a credibilidade e mostrando que iniciativas como essas fazem a diferença.

A faixa etária mais preocupante é na fase da adolescência. "Visto que é a fase onde fica mais latente a busca pelo desconhecido e quando as divergências e conflitos ficam mais arraigados no comportamento do ser humano, os jovens ficam mais expostos à procura por drogas", diz preocupado o capitão Inácio, Coordenador do Proerd em Criciúma.

Assim como outras cidades, uma das drogas mais usadas é o crack. "Em virtude de um conjunto de fatores. Primeiro pelo baixo custo para os usuários. Segundo por ter alto poder e a rapidez com que deixa o usuário dependente. Terceiro porque seu efeito alucinógeno é curto, o que faz com que se tenha que usar muito mais vezes", cita o capitão.

Hoje as drogas assolam todos os tipos de classes sociais, mas a classe que mais sofre ainda é a menos favorecida por motivos como: desestruturação familiar, dificuldade de acesso a um sistema de saúde adequado e educação de qualidade.

A verba destinada a combater as drogas vem do Estado (União, Estado e Município). Já os programas preventivos recebem verbas do Estado. "Contamos com apoios de empresas privadas através de doações, mas ainda são poucas que se engajam nesse combate", ressalta o capitão da Polícia Militar. Na opinião dele, a cidade tem condições de diminuir o número de usuários de drogas, mas para isso é necessário muito apoio de toda a sociedade e o Estado.

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