terça-feira, maio 25, 2010

Violência Infantil, danos ao futuro

Anny Caroline



Muitos têm casas, mas nem todos têm a chance de ter um lar. Uma casa se constrói com tijolos, madeira, cimento e etc. Um lar se constrói com amor e respeito.

A falta de um lar é o verdadeiro motivo pelo qual muitas crianças foram parar na Casa-Lar Irmã Carmen na cidade de Araranguá. Um lugar que além de oferecer abrigo e comida, se preocupa com o bem estar da criança e do adolescente, devolvendo a estes a dignidade que lhes foi roubada, mostrando que são especiais o suficiente para protagonizarem as suas próprias vidas.

A verdadeira razão para que estes pequenos chegassem até lá é a violência que sofreram. Esta pode ser de quatro tipos: violência física, violência psíquica ou emocional, a negligência ou abandono e o abuso sexual.

Todo maltrato infanto-juvenil que acontece dentro de casa e que é cometido geralmente por quem deveria cuidar desses pequenos indefesos é crime. Isto é indiscutível.

Uma pesquisa feita pela Universidade do Rio de Janeiro mostra que 38% dos pais admitem agredir os filhos fisicamente. O problema é que a agressão não fica só por aí. Mais tarde a criança fica transtornada e psicologicamente abalada, com sequelas irreversíveis. Com sérias dificuldades em estabelecer vínculos amistosos e conduta antissocial.

Em casos de violência, também ocorrem mudanças no rendimento escolar, excessiva submissão frente ao adulto e queixas frequentes de dores de cabeça e abdominais. Então, começa uma reação em cadeia. Os pais agressivos tornam os filhos agressivos e estes agridem os seus no futuro. Sem generalizar, é claro. Mas na maioria dos casos é assim que funciona.

É muito importante contar com uma equipe especializada de médicos, assistentes sociais e advogados para avaliar o grau de risco familiar antes que a criança volte para casa. Afinal, violência não se justifica com amor.

Veja se é possível "Acreditar em um sonho" depois que uma criança sofre maus tratos familiar.

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